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domingo, 10 de janeiro de 2010

Gorgonzola e a filosofia

O queijo gorgonzola é original da Itália, de uma região do mesmo nome. É um queijo que tem um aroma muito característico, ou seja um eufemismo para queijo fedido, mas o sabor é uma delícia.
Eu particularmente gosto muito do visual, acho muito bonito aqueles veios formados pela bactéria que faz a alquimia de transformar o leite nessa massa magnífica.

  Dá para simplesmente degustá-lo com um bom vinho, mas isso é tão esnobe que melhor mesmo é combinar o queijo com outras coisas fazer a mágica da cozinha.
Já que o queijo é italiano, nada melhor que fazer um molho para acompanhar uma boa massa ou como dizem os italianos "pasta".
Vamos precisar de 250 gramas de gorgonzola, 2 xícaras de l creme de leite fresco, 1 xícara de leite, pimenta branca e sal o quanto quiser, recomendo pouco sal pois é mais saudável.
Mais simples que essa receita, só comprando pronto, mas que graça tem?
Vamos lá: corte o queijo em pedaços, coloque em uma panela com fogo baixo, e vai amassando o queijo com uma colher e vai colocando aos poucos aproximadamente a metade do creme de leite para formar um creme.
Depois que chegar à consistência de creme, acrescente o restante do creme de leite e o leite, tempere com a pimenta e o sal. O pulo do gato, é usar noz-moscada, mas aquela que se compra inteira e rala na hora de usar. Duas raladinhas só, pois esse treco dá barato!
Aí, queridos, haja braço! Mexe até formar um molho cremoso.
Se ficar muito grosso, põe leite, se ficar ralo, um tiquinho de maizena dissolvida em um quarto de copo de  água.
Use esse molho em penne ou spaguetti ou o que a sua imaginação mandar, e sobre vinho pra acompanhar, bem não sei qual o melhor, mas pela característica marcante do queijo, recomendo que seja um tinto mais incorpado. E bom apetite!
E  o motivo pelo qual escolhí essa receita? São dois, um é que a filosofia se parece um pouco com o gorgonzola, meio fedido a princípio, acaba afastando a maioria das pessoas, mas quando nos damos ao trabalho de conhecer, vemos que não é tão fedido assim, tem um sabor marcante,  e serve como molho para melhorar muitas outras coisas na vida, desde nossa visão política até nossa conduta profissional.
A outra é que uma grande amiga havia me pedido essa receita, pois está aí Lílian, sua receita, espero que goste.
Ah! a Lilian é uma excelente fotógrafa e faz um trabalho muito original.

5 comentários:

  1. Grande amigo e filósofo, Paulo,Que delícia de receita e a idéia da comparação do fedido filosófico, foi incrível.Continue, quero mais receitas e combinações com visões criativas. Agora só falta você fazer a receita prá nós saborearmos...ah, sim obrigada pelos elogios, mas,tenho muito que aprender e me engajei nessa luta...Graças aos amigos como você, é que me dão força prá continuar. Estou estudando muito, lendo muito, a filosofia muda a gente e prá melhor...Beijins e muita luz. Líllian Tavares.

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  2. Hello you.
    Adoraria fazer uma elegia ao seu ego, mas você sabe que eu não consigo, a menos que eu tente com intensidade.
    Mas surpreendentemente não irei descascar seu texto, devo admitir que curti essa ideia de juntar filosofia com um momento gourmet.
    Se continuar assim pode gerar um belo livro (argh! acabei de insuflar seu ego!)

    Fui.
    XD

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  3. Paulo, receita anotada, que delícia... Assim que fizer eu tiro uma foto e mando rsrsrsrs... A coisa da comida e da filosofia é interesante... Cozinhar é um elaborar que requer disposição e energia, ao mesmo tempo que pode se ater à tradição ou experimentar, voar longe entre sabores, texturas, cores diversas, cuja combinação pode extasiar o paladar ou dar engulhos rsrsrs... Filosofia e cozinha, metaforicamente, tem tudo a ver... A idéia é ótima... parabéns...

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  4. Olá, Paulo! Tudo bem? Não nos conhecemos, mas... achei muito interessante o blog, ou o primeiro texto... é o primeiro mesmo neh? Não sei nada de cozinha e realmente não tenho interesse, gosto mesmo é de comer (desculpe a sinceridade), mas o primeiro motivo pelo qual vc decidiu escolher o texto e a receita!!! Simplesmente genial! ah, e mais... SE ALGUÉM AÍ FIZER, TEM COMO MANDAR POR EMAIL?! rs
    Vlw!

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  5. Ola Paulo,
    tudo bem?
    Vi teu blog nos scraps do Miranda e to aqui curiosando...

    Apesar de não entender nada de filosofia,
    em cozinha, as vezes, meto a colher :)

    Como amante da culinária, você não deveria reduzir o gorgonzola a esta descrição tão objetiva...rsss- to brincando

    O gorgonzola è uma atitude entre a dor e o nada, como já disseram...

    Diz a lenda,
    que ele foi criado do descuido de um rapaz apaixonado, que teria esquecido de misturar o leite ordenhado do dia ao coalho, e o fez na manha seguinte ...italianos adoram misturar a paixão com o estomago.

    Aquelas lindas linhas escuras são colônias de fungos,
    estes serezinhos alucinantes e alucinógenos, que são semeadas durante a elaboração do queijo, e conferem o aroma e o sabor únicos ao gorgonzola.
    A tua receita è simples e boa, e isto è outra coisa que os italianos sabem fazer, combinar simplicidade e sabor.
    Acho que vc acertou também no vinho,
    mas se quiser algo mais delicado pode provar com um branco como o Malvasia, ou qualquer outro branco suave – tenho medo de usar este adjetivo para vinhos no Brasil ..rss

    Um abraço!

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